Em um vídeo que tomei conhecimento recentemente, na página Eduardo - A Fantástica Fábrica de Cadáver, que é datado de abril de 2016, numa mesa de debate sobre a politica de drogas, no Teatro Cine Brasilia, o rapper Eduardo Taddeo fez um discursivo que deve ser assistido por todos nós.
Infelizmente não consegui muitas informações sobre o evento. Somente um banner ilustrando o "Projeto nota 10' e que era um debate sobre drogas com a juventude local. Na ocasião, estavam presentes à mesa algumas lideranças da cidade, e também um secretário do senado. No meio do discurso, é possível notar o semblante dos integrante na mesa com cara de espanto, desconforto, ou admiração.
A gravação começa quando é passada à palavra para Eduardo discursar sobre o tema. Nesse momento a platéia o ovaciona com muito barulho, o cantor então, se dispõe a sair da mesa e caminhar até o centro do palco, para se aproximar mais do público. Quem já teve a oportunidade de assistir ao rapper em palestras, sabe que essa aproximação é muito comum.
O surpreendente no discurso, é que ele não traz a moralidade desenfreada acerca das drogas. Aquela velha história de que as substâncias químicas fazem mal para você e a sua família e por isso devem ser evitadas. Logicamente que isso é verdade, e realmente as drogas trazem males, mas o maior mal que a drogadição pode causar é o impedimento do nosso avanço intelectual e revolucionário. É o atraso mental de quem é coagido a experimentar desde os materiais lícitos como cigarros, bebidas, ofertados diariamente em demasia nas quebradas, até as drogas ilegais, que são produzidas por quem quer ver a favela aniquilada estruturalmente.
A pessoa que esta contagiada por substancias alucinógenas ou psicotrópicas não está em condição de entender e mudar o cenário politico e social em que está inserido. Ela apenas é massa de manobra no jogo maquiavélico que subtrai sua existência e à reduz a zero. O preço à ser pago em prol do consumo é muito alto, e a periferia não tem tempo para perder. Não podemos mais aceitar o papel secundário da história, a dizimação do nosso povo, a inferiorização racial e social, o massacre populacional da juventude pobre, preta e periférica.
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