O grupo de Rap Omnira, formado por Juh Sete, Paty Treze, Janaína’D Nótria e o Dj Neew lançou a música 'DNA de protesto', que é uma pedrada sonora para quem gosta de Rap pesado.
Na música, Omnira traz elementos músicais misturados com muito peso nas batidas e ótima levada de voz. Álem de disparar frases politizadas e de resgate da cultura de rua. Para quem sente saudade de Rap que rasga o verbo e põe as desigualdades nas pautas de discussão, esse é o som.
Letra
(Juh Sete)
Omnira
È o poder, é o bonde
Das favela Gourmet, pra descer segue as placa
Bronzeado na laje não te torna negada
Cosplay de funkeiro não te faz da quebrada
Forçar pra falar gíria por favor
Volte duas casas
Policia arrasta, sacou o poder desde o navio
Quis calar o povo todo mas acendeu o pavio
E ‘tamo’ armado chapa, do passinho, cabelo e cheque
Raba balança o baile, Keep Ya Head , hino black
Mizifi não é moda, balada de Orixá
Gira ponto de santo e canta laia laia
E os tutorial, que cê passa o dia vendo
Quer aprender como nóis vive, o que nóis fala, o que ta lendo
Mas no role com nois cê não vai
Pra pegar só de rabeira tomando no copo anais
E se eu to a mais
E porque mais tem pra vir
È o poder, aceita e deita suquinho de White Tears
(Jana D’Nótria)
Aii da licença, tamo vendo tudo isso, nego batendo palma pros Pin Up que acham que são rap desde o início
Quero ver andar comigo
Assinar alforria todo dia, mostrar receituário livre pro inimigo!
Deixa os nigga, deja las negras
Viverem ideologia, então respeita origem
Caminhada preta nestas mutretas, saído das valetas para suas colheitas
Da um break neste rap que já virou orgia, então ei tiu respeita as mina na ruas e na rimas.
Não foi em vão Sharylaine sua missão
Negra Li representa as manas até no Faustão
Cris SNJ não é mais uma negrinha aos olhos da sociedade ( piedadade ) escreveu sua história nos ensina continuidade
Lady Rap codinome feminista
Pretas pioneiras encorajando mulheres ativistas
Como Nega Gizza, vou vivendo do meu jeito, tatuada com a Libertad no meu peito
Já que é pra tomar, vamo tombar
Saudações a olori Karol Konka
Os ‘pela’ fazendo crítico do som, tão mili ano correndo atrás do rap e o rap correndo deles feito o Bolt prucês já disse não
Muito mais que ego Flow, Tracks, Traps, Fuck, Boombap
Muito nome pra definir poder do nosso sangue em REC
Nos basta DNA do protesto, isso é ser rap muleque
Já não levaram o Rock? Agora querem o rap também?
Sai fora do moio aqui pra vocês não tem!
Ai Carraio
(Paty Treze)
Nas dificuldades mostrando o poder
Se não ta acreditando tira a bunda do sofá e vem pra cá ver
O poder de ser feliz mesmo tendo muito pouco
Poder gargalhar mesmo perto do esgoto
O poder esta em resistir
Reconstruir
Cada vez que pensaram que a favela ia cair
O poder, de ver a molecada se formar
Não tendo vergonha do que tem que se orgulhar
Inteligência
Que causa medo, desconcerto no senado quando vê a quebra de frente
Fazendo aquele estrago
De informação, com o diploma na mão
Ocupando espaços, que foram negados
Agora senta e chora
Do morro direto pro asfalto
E desce, sobe o morro
Pouca grana no bolso
Havaiana no pé e o sorriso no rosto
As tiazinha da quebrada
Fazendo aquele rango
A criançada na rua
Com pipa empinando
Tentaram calar
A dita minoria
Colocar a mordaça na periferia
Subir as barcona pra poder intimidar
Colocar o terror no que chamaram de lar
Beat: DJ Neew
Produção: DJ Neew e LC Mago dos Beats
Gravação: Lc Mago dos Beats
Mixagem e Masterização: Lc Mago dos Beats
Letra: Juh Sete, Jana D’Nótria e Paty Treze
Lyric Vídeo: Omnira
Scratchs: DJ Neew