Quando o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) bravejou insultos machistas e criminosos contra a deputada Maria do Rosário (PT-RJ) dizendo que a mesma "Não merecia ser estuprada", ele não apenas ofendeu uma deputada mulher de um determinado partido. Aquelas palavras mostram-se o discurso puro e simples de uma pátria machista que mata 13 mulheres por dia, uma a cada 2 horas, e que na sua maioria são negras. Bolsonaro não pode ser considerado simplesmente um acéfalo investido de milhares de votos que não apresenta perigo, ele é porta-voz de uma ideologia arbitrária e criminosa que acredita na inferioridade de mulheres, de negros, de homossexuais, de indígenas e de outros grupos igualmente oprimidos.
É o caso da poeta Mel Duarte que ao se apresentar na FLIP de 2016 conseguiu expor em poemas um grito de resistência contra a objetificação da mulher, contra a estereotipização embranquecedora, e contra a cultura do estupro.
"Cabelo de negro não é só resistente, é resistência"