O rapper Eduardo (ex-Facção Central) lançou o vídeo clipe da música Deposito dos rejeitados do seu novo álbum. A produção novamente ficou por conta do diretor Vras77.
Muito se fala sobre a burocratização que é para se adotar uma criança no Brasil. É evidente que existem alguns tramites para concluir o processo de adoção, até por que estamos tratando de amparo a um ser humano em desenvolvimento e que precisa de todo o cuidado e afetividade, e não de um produto na gôndula de um supermercado que é só chegar e levar. Porem, o que é ocultado é que grande parte dos potenciais adotadores fazem uma triagem pessoal para concluir o processo de tutela. Isto é, excluem nas fichas de escolha algumas particularidades. Crianças negras ou pardas, filhos biológicos de viciados e que foram abandonadas, crianças com uma gestação má concebida, que sofreram maus tratos ou algum tipo de violência, ou quaisquer outras características que não gostariam de ver na criança que será adotada.
"Não estou incluso nos dados sobre o adotado pretendido, o X é na cor branca e no cabelo liso" (Eduardo)
A sociedade é evidentemente racista e preconceituosa, e isso vai afetar em todas as esferas. Inclusive na hora de se adotar uma criança. A procura maciça é pelo recém nascido branco, de olho claro, saudável, sem antecedentes de maus tratos e que não carregue nenhuma herança genética de um pai criminoso ou uma mãe viciada. Porém, qualquer criança que se encontra em um abrigo ou orfanato na esperança de ser adotada, provavelmente carrega um histórico triste de vida, e é isso que o clipe vai relatar.
"Não estou incluso nos dados sobre o adotado pretendido, o X é na cor branca e no cabelo liso" (Eduardo)
A sociedade é evidentemente racista e preconceituosa, e isso vai afetar em todas as esferas. Inclusive na hora de se adotar uma criança. A procura maciça é pelo recém nascido branco, de olho claro, saudável, sem antecedentes de maus tratos e que não carregue nenhuma herança genética de um pai criminoso ou uma mãe viciada. Porém, qualquer criança que se encontra em um abrigo ou orfanato na esperança de ser adotada, provavelmente carrega um histórico triste de vida, e é isso que o clipe vai relatar.
Mais uma vez Eduardo fala o que muito não ousam falar. Um assunto que é recorrente em nossa sociedade, mas por questões de acobertamento das injustiças é frequentemente ocultado.
"Eu me sinto um produto descartável, dispensado no depósito dos rejeitados.
Esperando alguém pra chamar de pai, esperando alguém pra chamar de mãe"